Colecionadora de Parabéns!


Não era o meu Hospital - o meu Salgadinho; não era o meu partner - o meu Totózinho, mas era o meu dia - o meu aniversário. Em mim havia uma festa. Parafraseando Inácio, estava toda brigadeiro, toda cajuzinho. Aniversariava saltitante pelos corredores do IPPMG. Sorrisinho trancado que doía o maxilar. Viva eu! Êêê! Urrruu... Mas... Peraí... Ninguém, além de Simplício, sabia que estava toda assoprando velas... Lembrei do conselho do meu Tio Avô Everaldo: “a montanha da propaganda é alma de Maomé”. Nunca entendi esse conselho. Enfim, resolvi tomar uma atitude enérgica que só em casos emergenciais somos capazes, eficazes, vorazes e gazes: fiz uma propaganda intensa de parabenização a mim mesma. No final do dia tinha angariado, nada mais que 38 parabenzes, sem contar os repetidos...  Alguns foram agudiiiinhos, outros cansados; tinha os que vinham seguidos de abraços e beijos e também os musicais. Ganhei parabéns através das baias e alguns vestidos de jaleco branco. Foram parabenzes de todos os tipos e qualidade. Como dizia meu tio avô: “De pedra mole em água dura, tanto enche que fura o papo da galinha”. Seja lá o que ele quis dizer com isso.

Por Charlote, a colecionadora de parabenzes.

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